Vida e Paixão
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Soy psicólogo y dirijo una clinica, soy simpático, creo que soy atractivo, muy ardiente y me gusta hacer el amor mucho e hacer amigos, viajar por diversos paises en vacacciones y el deportes. Home Page http://www.mrmarcinho.hpg.com.br Apelido: menthaux Idade: 30 Estado: PR Cidade: CASCAVEL Que bom que você me achou. Muito prazer !!!

terça-feira, agosto 06, 2002
Cartilha amorosa Infelizmente, não existe. E não seria eficiente se existisse, porque as experiências nesse departamento são fundamentais para que se aprenda a amar. É como dirigir, exercer uma profissão, criar um filho. Não dá para saber como é antes de fazer. Por isso, talvez essa ciranda de amores (e desamores, levando em conta as desilusões e os fracassos) seja absolutamente necessária para que uma parte nossa cresça e possa, algum dia, enxergar uma pessoa. Só então será real, equilibrado, haverá igualdade. Só então será amor. E isso só se aprende assim, experimentando e vivendo.



posted by Mr Marcinho 4:17 da tarde
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Algumas coisas ficam muito claras para quem começa a rodar no mercado clandestino: que um corpo é só mais um corpo, um orgasmo é só um orgasmo e que não dá pra ser feliz fazendo de conta que está tudo indo bem.

Nessa hora só existem duas atitudes possíveis: abrir o coração com seu afeto e tentar encontrar, juntos, uma forma de melhorar a relação, ou cair fora e abrir (ainda que à base de muito sofrimento) a possibilidade de ser feliz em outra freguesia. Ah, sim, existe uma terceira: ligar no piloto automático o casamento (ou namoro ou o que o valha) e sassaricar pelo mundinho dos prazeres escusos sem ter muito trabalho de pensar a respeito. Só que, cá entre nós, isso é coisa de gente meio frouxa ou muito antiquada, de uma época em que não se esperava nada de uma relação além de poder dividir o mesmo teto e a mesma mesa com alguma segurança.

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posted by Mr Marcinho 4:15 da tarde
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Passado o estado inicial ambos dispertam para a triste constatação de que se conhecem muito pouco. Percebe manias no outro às vezes insuportáveis. Descobre que aquela doçura toda antes tão admirável agora soa como passividade, que não acha tão gostoso assim ficar em casa vendo TV e que preferiria honestamente estar na rua conversando com os amigos. Que aquele tom afável e tão acolhedor não passava de uma imensa dificuldade de dizer "não", e que seu vínculo com a família era muito mais uma atitude de inércia do que de afinidade com os parentes.

Esse é o momento mais perigoso da relação amorosa. É decisivo, pois é quando percebemos se há no que investir (e insistir, numa postura realista e dessa vez mais bem focada) ou se o melhor seria realmente cair fora. O problema é que poucos têm colhões para reconhecer a falência de um amor e vão levando com a barriga até que a casa caia, ou que tudo se torne apenas hábito.

Daí, o mais que esperado acontece: começamos a olhar para fora e fazer comparações. Isso pode ser muito cruel, mas acho que só a partir de um referencial estável (como um namoro longo ou casamento) somos capazes de enxergar quem de fato tem a ver com a gente. E é quando, também, se inicia a fase dos testes: do próprio erotismo (já que a crise conjugal quase sempre é acompanhada pela deserotização da relação), da capacidade de atrair e se comunicar com outras pessoas, da auto-estima e dos interesses deixados de lado em nome de uma vida em comum.

Muita gente nessa hora terceiriza o rala-e-rola. Porque é sempre mais cômodo tentar complementar uma relação esburacada do que preencher os seus buracos (sem duplo sentido, darling). Só que todo mundo se dá conta, mais cedo ou mais tarde, de que é uma balela essa conversa de "complementar por fora" o que falta dentro. Daí pira, se angustia, se frustra, sente culpa, sofre à beça com a falta de completude da história que escolheu.

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posted by Mr Marcinho 4:13 da tarde
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Esse começo antes descrito é comum à maioria dos seres mortais. Segundo cientistas, a paixão é um estado que não dura mais do que 18 meses, que seria o tempo necessário para que macho e fêmea se aproximassem, copulassem, ela engravidasse e parisse a cria. Nesse um ano e meio a continuidade da espécie estaria garantida. E, feito isso, o "amor" naufragaria, já que homem e mulher já teriam cumprido seu papel. Bem, tolices da ciência à parte, faz algum sentido. Mas faltou considerar o componente cultural da aproximação homem-mulher, homem-homem, mulher-mulher, etc.

Somos herdeiros da tradição romântica e duvido muito que alguém em sã consciência não deseje o grande amor. Todos criam expectativas alucinantes em torno desse assunto. Alguns teóricos da psicanálise defendem que nascer é o primeiro e maior trauma da humanidade. E que passamos o resto da vida tentando reencontrar aquele estado de acolhimento, integração e saciedade que tínhamos no útero de nossa mãe. Não havia frio ou fome, muito menos medo. E rejeição, ninguém sabia o que era isso até ser expulso da barriga. Pronto, o estrago estava feito. Porque daí a coisa amorosa ficou tão comprometida justamente porque tinha a responsabilidade de resgatar um estado e uma tranqüilidade que, verdade seja dita, foi perdida para sempre. Basta estar vivo para sentir-se inseguro, e isso é tão verdadeiro quanto o fato de que ninguém um dia vai voltar para a barriga da mamãe. Nem ser tão amado e acolhido como foi por aquela que um dia nos pariu.

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posted by Mr Marcinho 4:11 da tarde
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Depois de uma ou duas crises no relacionamento sérias, acho que todo mundo se faz a mesma pergunta: "Será que eu quero mesmo ficar com essa figura pelo resto da minha vida?" Ou, ainda: "Será que eu quero ficar só com essa figura?". Natural, não há nada de terrível nisso. Acho que poucos temas são tão pertinentes à vida de todo mundo quanto o da fidelidade. Ou, nesse caso, o da infidelidade (já que vamos mesmo chutar o pau da barraca, comecemos pela parte realista da coisa). É muito difícil ser fiel. Mas não é impossível.

Para alguns, é um valor importantíssimo.

Para outros, pura utopia.

E há quem defenda que é pura hipocrisia.Seja como for, todo mundo já passou, passa ou vai passar por esse tipo de questionamento.


posted by Mr Marcinho 4:09 da tarde
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É impossível gostar muito de alguém que pouco conhecemos. Ou melhor: impossível, não. É insustentável, isso, sim. Mas perfeitamente compreensível. A primeira coisa que salta aos olhos, claro, é a admiração física. Sem tesão não há paixão (nem solução, como já disseram), que em última análise é uma reação comportamental a um estímulo químico (ou seja: seu organismo reage ao ferormônio feminino com o sentimento de necessidade de ficar perto da mulher que o exalou. A partir daí você se empenha muito em promover a aproximação física dessa mulher estonteante que atraiu o seu olfato). Estabelecido o interesse químico, vem a segunda etapa da paixão: a fase das idealizações e projeções. Como a pessoa em questão é praticamente desconhecida, tudo o que afirmamos sobre ela não passa de inferências, às vezes desastrosas. Ela é quieta e contemplativa. Então, logo imaginamos que é sábia e sensível em vez de supor que seja insegura e sem assunto. Ela gosta de literatura e devora livros como ninguém, assim logo temos certeza de que se trata de alguém extremamente culto e reflexivo, em vez de imaginar que sua vida seja tão pobre e limitada que ela encontra na literatura o alívio para tanto tédio.

E assim, sucessivamente, fazemos de tudo para confirmar a boa impressão que tivemos de alguém cujo único atrativo real é um corpão gostoso, uma voz agradável e um repertório de gracejos convincente. Somos capazes de construir uma pessoa somente para realizar a urgência física e receber o pouco de carinho que acreditamos merecer.

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posted by Mr Marcinho 4:08 da tarde
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Pouco importa se você é moderninho ou careta. Se prega o amor livre (coisa meio fora de moda em tempos de aids) ou sonha em ter um longo e reconfortante casamento. No íntimo, somos todos um bando de bichinhos frágeis, ávidos por acolhimento e um bocado de carinho. Todos. E essa busca incessante norteia grande parte de nossa vida. Até que um dia a luz se faz, e damos de cara com a figura mais provável do mundo (ou aquela que parece por um instante ser a mais provável) para depositar todas as nossas expectativas românticas e desejos. Somos acometidos por uma necessidade implacável de estar perto desse ser que nos deixa enlevados, fazer tudo de bom para ele e, é claro, esperar que ele faça o mesmo pela gente. Pronto, taí um bom candidato a botar (ou receber) um belo par de cornos, muitíssimo a curto prazo, aliás.

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posted by Mr Marcinho 4:07 da tarde
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