Vida e Paixão
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Soy psicólogo y dirijo una clinica, soy simpático, creo que soy atractivo, muy ardiente y me gusta hacer el amor mucho e hacer amigos, viajar por diversos paises en vacacciones y el deportes. Home Page http://www.mrmarcinho.hpg.com.br Apelido: menthaux Idade: 30 Estado: PR Cidade: CASCAVEL Que bom que você me achou. Muito prazer !!!

sábado, outubro 09, 2004
Dorme Neném que a Cuca vem Pegar

Uma das perguntas que nós, antropólogos, mais nos fazemos é de onde terá
vindo a baixa auto-estima do brasileiro. Tudo 'lá fora' é bom. Tudo 'aqui
dentro' é ruim. Quando uma coisa é muito boa, bonita, funciona, dizemos 'nem
parece o Brasil'.
Várias podem ser as origens do autoflagelo que nos impomos falando mal de
nós próprios, uma delas vem da infância. É disso que quero comentar.
No mundo inteiro as crianças adormecem ouvindo músicas doces e acalentadoras
do espírito. O famoso 'Acalanto de Brahms' diz:
'Boa noite, meu bem, dorme um sono tranqüilo. Boa noite, meu amor, meu
filhinho encantador...' .
E como adormece a criança brasileira?
'Dorme neném que a cuca vem pegar, papai foi pra roça, mamãe foi
trabalhar...'. Isto é - largaram você sozinha aqui! Ou ainda:
'Boi, boi, boi, boi da cara preta, pega essa menina que tem medo de careta!'
E outras músicas 'infantis' brasileiras - todas do tipo assustador:
'A canoa virou, por deixá-la virar, foi por culpa do (nome da criança) que
não soube remar.' Ou ainda: 'Ciranda, cirandinha.... o anel que tu me deste
era vidro e se quebrou. O amor que tu me tinhas era pouco e se acabou!' Ou
ainda:
'O cravo brigou com a rosa... O cravo ficou ferido e a rosa despetalada!'
'Vem cá, bitu, vem cá, bitu... Não vou lá, não vou lá, não vou lá, tenho
medo de apanhar.'
A única vez que o brasileiro poderia vencer (embora fazendo uma coisa
errada) também perdeu: 'Atirei o pau no gato, mas o gato não morreu!'
Com tanto 'susto' desde a infância, como queremos que o brasileiro tenha uma
auto-estima elevada? É quase impossível!
Assim, se quisermos vencer os desafios da motivação temos que primeiro
vencer a baixa auto-estima que nos faz ter medo de vencer. É preciso que nos
achemos merecedores do sucesso. É preciso que deixemos de ter vergonha de
fazer o certo, de encantar e surpreender. Com baixa auto-estima não seremos
capazes de dar o 'show' que o mercado exige de nós neste mundo competitivo.
Ninguém consegue ser ou ter sucesso sem achar-se merecedor(a) do sucesso e
isso fará com que transforme sonhos em ação e ações em resultados.
Professor Luiz Almeida Marins Filho (17/11/2003)

A FONTE



posted by Mr Marcinho 8:06 da tarde
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quarta-feira, outubro 06, 2004
EU E O ESPELHO
Psicólogo Marco Antonio do Sales


"Ninguém pode ver-se a si próprio num espelho, sem se conhecer previamente, caso contrário não é ver-se, mas apenas ver alguém".
Kierkegaard, Soren Aabye - O Desespero Humano - Doença até a Morte" - 1849


Ao ler o texto de Kierkegaard acima citado, espantei-me em ver a grande percepção do filósofo dinamarquês diante de um fato aparentemente simples: "olhar-se no espelho". Talvez seja o mais "corriqueiro" dos atos humanos que é realizado no cotidiano de cada pessoa, inserindo contudo
Uma perspectiva toda especial no que diz respeito à existência individual.

Segundo Kierkegaard, para que o indivíduo se veja no espelho, torna-se uma condição importante que ele tenha um "conhecimento" prévio de si, ou seja, que o ser humano veja, sinta e perceba quem ele está sendo naquele instante, que ele tenha consciência-de-si.

Quando negamos a nós mesmos a possibilidade de obter essa consciência-de-si, não nos dando conta do que sentimos, pensamos, percebemos e agimos, ampliamos de tal forma essa desconexão individual, que simplesmente usamos o "piloto automático" interno diariamente, que nos leva a um distanciamento cada vez mais profundo de uma vida saudavelmente integrada, visto que nos encontramos longe de nós mesmos.

Um sábio oriental um dia falou: "Um homem no campo de batalha conquista um exército de mil homens. Um outro conquista a si mesmo - e este é maior" (LAL, P. - The Dhammapada, 1967). Por incrível que possa parecer, a idéia quantitativa de sucesso na vida ("conquistar um exército") tem sido a mais promovida no mundo ocidental, em detrimento do cultivo de uma idéia mais qualitativa de sucesso, cuja promoção busca a excelência da saúde individual (conquistar a si mesmo). Sem a devida reflexão do quanto a pessoa se violenta para simplesmente "possuir coisas", o ser humano segue abrindo mão de "ter" a si mesmo, ou seja, de "ser a sua grande conquista". É esse paradoxo da existência que leva o indivíduo a se perguntar: quem é essa pessoa que eu vejo no espelho? Esse sou eu? Eu não acredito no que estou vendo!

Erving e Miriam Polster falam que "as pessoas são notoriamente nebulosas, até mesmo distorcem a percepção que têm de si mesmas. Elas escutam gravações de suas vozes ou se vêem em filmes, e ficam incrédulas" (Polster, Erving & Polster, Miriam. "Gestalt Terapia Integrada", 1979). Esta postura incrédula diante da percepção-de-si, é muito bem ilustrada através do filme de Bruce Joel Rubin, "My Life"(Minha Vida), protagonizado por Michael Keaton e Nicole Kidman.

Na história, Keaton representa um "bem-sucedido" relações públicas de uma empresa, que se vê surpreendido pela vida repentinamente, quando se acha acometido de um câncer terminal. Vendo-se nos momentos finais de sua vida e, percebendo o pouco tempo de que dispunha para receber o filho que brevemente nasceria, começa a fazer uma fita de vídeo, que para ele seria uma espécie de lembrança de si para o seu filho, a fim de que este mais tarde o "conhecesse". Dando continuidade a este seu empreendimento, o protagonista fica perplexo com a opinião que alguns de seus colegas dão sobre sua pessoa. Perplexo diz: "o que é isso? Será que eu sou assim?".

No decorrer da trama ele busca, com a ajuda de sua esposa (Nicole Kidman), um tratamento alternativo para a sua "doença", que começa a clarificar o afastamento de si no qual ele vivia, cujas conseqüências agora ele estava sentindo, ou seja: a doença, os conflitos internos e as dificuldades de relacionamentos.

Para poder lidar com estas questões, ele começa a aprender que a grande viagem para realizar grandes coisas na vida não é para fora, mas para o interior de si mesmo, objetivando-se enquanto pessoa.

A objetividade de si "consiste pois em um processo de exploração de si, a procura do eu autêntico para além da imagem de si que o indivíduo quer projetar e aquela que de fato apresenta aos outros" (Mailhiot, Gérard Bernard. "Dinâmica e Gênese dos Grupos", 1991). Penso que seja esta exploração de si mesmo, o conhecer-se previamente ao qual Kierkegaard se referia, que dará ao indivíduo uma percepção clara de quem está do outro lado do espelho.

Essa busca de si pode apaziguar temores mil que se fundamentam nas fantasias e fantasmas por nós criados ao longo da vida, pode integrar as partes distanciadas do nosso ser, permitindo-nos ter um bom contato com a nossa própria pessoa e com o viver do outro. Isto é ilustrado por E. E. Cummings no seu poema, a saber:

"Um total estranho, num dia negro
Bateu, tirando de dentro de mim o inferno
E ele achou difícil o perdão porque
(assim se revelou) ele era eu mesmo -
Mas agora aquele demônio e eu
Somos amigos imortais".

Fica então a pergunta: "Quem é a pessoa que você vê ao olhar-se no espelho?".


Psicólogo Marco Antonio Sales
Psicoterapeuta Existencial formado pela SAEP
Pós-graduando em Filosofia Contemporânea - UERJ



posted by Mr Marcinho 4:51 da tarde
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segunda-feira, outubro 04, 2004
MENSAGENS SUBLIMINARES

por Jan Hunt, Psicóloga diretora do "The Natural Child Project"

Recém-nascido
Nós dizemos: "Você pode chorar o quanto quiser, não vou pegá-lo novamente!"
Nós pensamos: "Isso é de cortar o coração, mas não pode ser que os especialistas estejam errados."
A criança pensa: "Eles não me amam. Eles não se importam com meu sofrimento. Mamãe é perfeita, então deve haver algo errado comigo. Eu é que não mereço o amor de ninguém."
Vinte anos depois, nós dizemos: "Mas o quê foi que você viu no João? Como você deixa ele tratá-la desse jeito? Você não sabe que merece mais do que isso?"
Bebê
Nós dizemos: "Não vai mais mamar no peito - você já está muito grande para isso!"
Nós pensamos: "Eu gostaria de continuar, mas não agüento mais as críticas dos parentes"
A criança pensa: "Acabo de perder a coisa mais importante da minha vida: aquele aconchego e o alimento com que eu me sentia melhor. Devo ter feito alguma coisa ruim. Devo ser uma pessoa horrível."
Vinte anos depois, nós dizemos: "Porquê você bebe tanto?"
Aos 2 anos
Nós dizemos: "Você não pode mais dormir na nossa cama. Você não vai ficar sozinho. Veja, o ursinho fará companhia para você!"
Nós pensamos: "A vovó acha que não está certo você dormir na nossa cama. Eu não tenho certeza, mas é mais importante para nós agradá-la do que agradar você. De qualquer modo, o ursinho deixará você feliz."
A criança pensa: "Não é justo! Eles se aconchegam com uma pessoa de verdade. Eles não me conhecem direito. Eles não se importam com meus sentimentos. Bom, pelo menos eles me deram esse ursinho."
Vinte anos depois, nós dizemos: "Eu sei que você está chateada porque o João terminou com você, mas isso não é motivo para você se encher de dívidas com o cartão de crédito. Será que tudo isso que você compra vai fazer você se sentir melhor por ter sido abandonada? Quando foi que você se tornou tão materialista?"
Aos 4 anos
Nós dizemos: "Você já sabe que não devia bater em seu irmão! Vou lhe dar uma surra que jamais esquecerá!"
Nós pensamos: "Deve haver outro modo de resolver isso, mas era assim que meu pai fazia, então deve estar certo"
A criança pensa: "Eu estava tão bravo com meu irmão que bati nele. Meu pai ficou tão bravo de eu bater nele, que está batendo em mim. Acho que adulto pode bater, mas criança não. O quê eu posso fazer quando ficar bravo novamente? Bom, pelo menos vai chegar o dia em que eu também serei adulto"
Vinte anos depois, nós dizemos: "Briga de bar? Uma pessoa adulta não agride os outros só porquê está brava! Com quem você aprendeu a apelar para a violência?"
Aos 6 anos
Nós dizemos: "Bom, hoje é um grande dia para você. Não tenha medo, apenas faça tudo o que a professora mandar."
Nós pensamos: "Por favor não me faça ficar com vergonha de seu comportamento na escola!"
A criança pensa: "Mas estou com medo! Não estou preparada para passar tantas horas longe deles! Eles devem estar cansados de mim. Talvez se eu fizer tudo o que a professora mandar, eles gostem mais de mim e me deixem ficar em casa."
Vinte anos depois, nós dizemos: "O quê? Seus amigos a convenceram a experimentar drogas? Você não tem opinião própria?"
Aos 8 anos
Nós dizemos: "Sua professora disse que você não presta atenção às aulas. Como você vai aprender alguma coisa na vida?"
Nós pensamos: "Se meu filho não for nada na vida, vou me sentir um fracasso."
A criança pensa: "Não estou interessado no que a professora está dizendo, mas acho que é ela quem sabe. As coisas que me interessam não devem ser importantes."
Vinte anos depois, nós dizemos: "Você já está com 28 anos e ainda não sabe o quê quer fazer da vida? Você não se interessa por nada?"
Aos 10 anos
Nós dizemos: "Quebrou mais um prato? Ah, não faz mal, eu mesma lavo."
Nós pensamos: "Eu sei que eu deveria ter mais paciência, mas pelo menos assim os pratos ficam limpos"
A criança pensa: "Puxa, como sou desastrada. É melhor eu nunca mais tentar ajudar."
Vinte anos depois, nós dizemos: "Você quer o emprego mas não vai nem se candidatar? Você deveria ter mais fé em si mesma!"
Aos 12 anos
Nós dizemos: "Saia e vá brincar com seus amigos - você vai se divertir mais com eles do que passando o dia zanzando dentro de casa."
Nós pensamos: "Eu sei que eu deveria passar mais tempo com você, mas tenho tanto o que fazer. Ainda bem que há tantas crianças aqui por perto."
A criança pensa: "Gostaria de fazer alguma coisa com mamãe e papai, mas eles estão sempre muito ocupados. Acho que meus amigos gostam mais de mim do que eles."
Vinte anos depois, nós dizemos: "Você nunca liga para nós e não vem nos visitar. Você não se importa com nossos sentimentos?"
Aos 14 anos
Nós dizemos: "Por favor saia da sala, querido. Seu pai e eu temos que conversar uma coisa em particular. "
Nós pensamos: "Temos alguns segredos que preferimos que você não saiba."
A criança pensa: "Eu realmente não faço parte dessa família"
Vinte anos depois, nós dizemos: "Você está preso? Por quê não nos disse que estava tendo problemas? Você não sabe que não existem segredos dentro de uma família? Nós nos esforçamos tanto. Onde será que nós erramos? "



posted by Mr Marcinho 5:35 da tarde
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