Vida e Paixão
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Soy psicólogo y dirijo una clinica, soy simpático, creo que soy atractivo, muy ardiente y me gusta hacer el amor mucho e hacer amigos, viajar por diversos paises en vacacciones y el deportes. Home Page http://www.mrmarcinho.hpg.com.br Apelido: menthaux Idade: 30 Estado: PR Cidade: CASCAVEL Que bom que você me achou. Muito prazer !!!

quarta-feira, outubro 27, 2004
MAMÃE É VIRTUAL

JORNAL O GLOBO, 06/05/2001
Por Marcia Cezimbra


De segunda a sexta-feira, Claudia Jeunon, diretora da Fundação
CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), só fala com seus filhos pela Internet.
Ela tem 36 anos e os meninos, Luis Paulo, 9 anos, e Mateus, 10. É uma típica
mãe virtual, que explica aos filhos os deveres de casa por e-mails e faz
recomendações do tipo "escovem os dentes", "arrumem o quarto"... E ainda
atende rapidamente às mensagens eletrônicas dos filhos solicitando mais
biscoitos, mais chocolates, mais refrigerantes. Nesses casos, Claudia acessa
o site de um supermercado e, em alguns minutos, as guloseimas chegam em
casa. Problemas na escola? Claudia acessa o site do colégio e conversa com
as professoras. A mãe contemporânea é assim: tão múltipla que sua versão
on-line se soma à presença real no fim de semana.
- Como diretora da Fundação CSN, eu vivo no Rio, em Volta Redonda,
em São Paulo e nas outras cidades envolvidas com a CSN. A convivência diária
com as crianças só é possível através da internet. Eu uso muito o telefone,
mas a internet é muito mais eficiente para a rotina das crianças. Uma
explicação sobre um dever de casa fica muito mais clara por e-mail, por
exemplo, do que por telefone. Constato isso na prática. A internet só veio
contribuir para solucionar nossos problemas de convivência limitada pelos
compromissos do trabalho. Eles sabem que só estarei disponível realmente no
fim de semana - diz Claudia.
No fim de semana, a executiva se transforma em mãe de família de
tempo integral. Faz questão de dispensar a empregada para ensinar aos filhos
que mãe não é apenas aquela mulher que os leva para passear no sábado, mas
também a que arruma a casa e vai para a cozinha preparar o café da manhã, o
lanche e talvez até um almoço:
- Quero que eles vivam tudo isso comigo, já que estou tão ausente
durante a semana. É por isso que não quero empregada em casa nos fins de
semana. Para não virar uma figura que vive no trabalho e, no sábado, os leva
ao cinema. Quero que eles vejam que, quando posso, eu me dedico
integralmente a cuidar deles e de nossa casa.
Mas as facilidades da internet podem se tornar perigosas e até
nocivas, segundo a psicopedagoga Maria Luiza Werneck, de 31 anos, mãe de
João Pedro, de 4 anos, e José Antonio, de 2. Ela costuma enviar e-mails para
o Jardim-Escola Vilhena de Morais, no Leblon, onde os meninos estudam,
apenas para transmitir recados, fazendo da internet uma caderneta escolar
mais moderna. Mas considera fundamental que a comunicação com as crianças e
com a escola seja feita essencialmente através de contatos pessoais.
- É muito importante dizer isso às mães. Elas precisam conviver
pessoalmente com os filhos e com as pessoas que estão envolvidas com a
educação deles. Eu, como psicopedagoga, enfrento sempre essa situação. São
mães que tentam discutir o caso dos filhos comigo por e-mail. Parece óbvio,
mas não é. Eu tenho que ensinar: olha, não podemos falar assim, temos que
conversar pessoalmente. Vejo que, com o acúmulo de trabalho e com a
multiplicidade de tarefas, as mulheres se distanciam de seus filhos e isso é
muito doloroso para todos - diz.
A psicóloga Regina Marins, mãe de três meninos - Pedro, de 16,
Lucas, de 10, e João de 3 - diz que a internet é apenas um recurso para a
mulher que, como ela, trabalha muito. Mas o contato essencial com os filhos
existe à noite, quando chega em casa após o dia cansativo de trabalho, numa
rede de lojas de decoração de interiores.
- Não uso a internet para conversar com eles. Mas para dar um aviso
à escola ou para receber um comunicado é ótimo. O contato com eles é sempre
pessoal - diz Regina.
Já a empresária Solange Souza, de 45 anos, diz que a internet serve
como um confortável instrumento de controle da filha, de 16 anos, pouco
afeita aos estudos. Antes do desgaste devido a notas baixas, ela verifica o
desempenho da menina no site da escola:
- Já não fico mais em cima dela para que estude. Mas se aparece na
tela uma nota baixa, a briga recomeça...



posted by Mr Marcinho 4:20 da tarde
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LIBERDADE COMEÇA EM CASA
Artigo publicado por Antônio Roberto
Jornal Estado de Minas - Caderno Bem Viver
Data: 17/08/2003
"A dependência, seja em que relações forem, no casamento, na relação entre
pais e filhos, nas amizades, se caracteriza em não ser permitido escolher"

"Antônio Roberto, tenho sérios problemas na relação com minha mãe. Estou
fazendo curso superior, trabalho e, no entanto, ela me critica o tempo todo.
Reclama de tudo o que eu faço, de minhas amizades, diz que eu não ligo para
a família. A sensação que eu tenho é que ela não está suportando meu esforço
para ser independente. Tenho 23 anos e ela insiste em me tratar como se eu
tivesse oito anos. Às vezes, me sinto culpada e tenho a tentação de me
submeter a ela para evitar sofrimentos. Gostaria que você escrevesse sobre a
independência psicológica. Tenho certeza de que muitas pessoas precisam
disso. Obrigada! Marília, de Belo Horizonte"

Um autor americano, dr. Wayne Dyer, escrevendo sobre o assunto solicitado,
dizia: "Em qualquer relacionamento em que duas pessoas se tornam uma, o
resultado final é duas meias pessoas". Acredito que é impossível a uma
pessoa ser feliz sem autonomia. Para sermos felizes é necessário atendermos
às nossas necessidades e, portanto, não podemos estar na vida atendendo às
expectativas das outras pessoas.

Autonomia psicológica significa estar livre para não ter de agir de maneira
diferente da que você agiria se não houvesse aquele relacionamento.
Tornar-se a sua própria pessoa. Escolher seus próprios caminhos, seus
pensamentos, sentimentos e ações. A dependência, seja em que relações forem,
no casamento, na relação entre pais e filhos, nas amizades, se caracteriza
em não ser permitido escolher. Você é obrigado a funcionar de uma maneira
que não gostaria e, por isso mesmo, se sente frustrado, amarrado e
ressentido. Fazer coisas por obrigação incluindo aqui o medo de desagradar,
o medo de sentir culpa, coloca o relacionamento no campo da destrutividade.
É claro que no encontro entre pessoas há um enorme espaço para a troca, a
reciprocidade, a combinação e as oferendas. Tudo, porém, por escolha. Há uma
enorme diferença entre "eu quero ir ao cinema com minha mulher e eu tenho
que ir porque, do contrário, ela ficará chateada".

Quando há escolha, há amor e autonomia. Quando há obrigação, há culpa,
dependência e ressentimento. As relações não podem ser pretexto para que as
pessoas percam a sua individualidade. Um bom relacionamento entre marido e
mulher, por exemplo, contemplará as seguintes situações. O marido deverá
cuidar das suas necessidades e da sua individualidade; a mulher da mesma
forma e, os dois cuidarão das necessidades da relação. O mesmo se aplica à
relação com os filhos.

A sociedade estimula nossa dependência psicológica de muitas pessoas a
partir dos pais. E a autonomia também começa exatamente dos pais. Por isso,
tantos choques na adolescência dos filhos, seres dependentes, ensaiando os
primeiros passos na escolha da própria vida e os pais insistindo em
mantê-los crianças controladas e escravas dos desejos paternos. Naquelas
famílias onde o valor da autonomia é bastante considerado e onde se sabe da
sua importância para o sucesso e felicidade do filho, o movimento no sentido
da liberdade é bem visto e não significa confronto com a autoridade de
ninguém. Nessas famílias, o espaço de cada pessoa é respeitado, toleram-se
as diferenças e há privacidade. Os pais reconhecem que a partir de
determinada idade os filhos devem lutar pelos seus interesses e devem criar
um mundo social de amizades e atividades fora de casa, não significando com
isso, abandono, como sugere a mãe da Marília. Nas famílias autoritárias, ao
contrário, o valor da liberdade é substituído pela proteção, pelo apego
(ciúme) e pela obediência. Os pais tomam como ofensa pessoal o filho desejar
ir a uma festa com os colegas ao invés de ficar numa reunião familiar. Todos
são obrigados a partilhar o tempo todo e toda privacidade é malvista. Toda
razão para Kalil Gibram, aos pais:

"Vossos filhos não são nossos filhos. São a ânsia da vida por ela mesma.
Eles vêem de vós, mas não vos pertencem"... "Vós sois o arco dos quais
vossos filhos são arremessados como flechas vivas. Que vosso encurvamento na
mão do arqueiro seja vossa alegria, pois assim como ele ama a flecha que
voa, ama também o arco que
permanece estável".


posted by Mr Marcinho 4:16 da tarde
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Geração 68 partida: filho pode fumar ou não?
Por Maria Elisa Alves
Jornal O GLOBO, dia 06/05/2001

Eles cresceram numa época de barbas compridas e saias longas, na
qual o cheiro de incenso se misturava ao de maconha e era "proibido
proibir". Hoje, com filhos adolescentes, muitos pais da geração 68, vivem em
conflito: não sabem se permitem o uso da erva - afinal, muitos deles
fumavam - ou se proíbem, admitindo que são radicais quando se trata de impor
limites dentro de casa. No caso do sociólogo Rubem César Fernandes, por
exemplo, o dilema ainda não foi completamente contornado. O coordenador do
Viva Rio diz que procura conversar com os filhos de 15, 16 e 22 anos, mas
não é taxativo para impedir o uso de baseados pelo trio.
- Não proíbo que eles fumem maconha. Tento convencê-los a não
fumar, tento argumentar que a maconha hoje está associada a outros
problemas, como o tráfico, que gera a violência que eu tanto combato. Mas o
problema é que todos os jovens hoje em dia passam pela fase da maconha. Se
seu filho não fuma, os amigos fumam. Como pai, minha opção é conversar - diz
Rubem, cujos filhos estudam na Escola Parque.
Rubem César reconhece que ele mesmo já fumou diversas vezes. Porém,
vê diferenças entre usar a Cannabis sativa atualmente e na época em que ele
era jovem:
- Na minha época, a maconha estava associada à contracultura, a
fazer amor, eu fumava em Nova York. Hoje, está associada ao tráfico do
morro, que pode levar à morte. Não consigo mais ter uma relação legal com a
maconha. Faço de tudo para que meus filhos não fumem, peço mesmo, não pela
maconha em si, mas pelo perigo associado.
Até mesmo em casas onde a descriminação da maconha é defendida
abertamente, como a do deputado Carlos Minc, há polêmica quando se trata de
um adolescente acender um baseado. Minc garante que seus dois filhos, de 19
e 16 anos, não fumam, mas conta que já entrou em casa e sentiu o aroma
inconfundível da maconha vindo do quarto do primogênito:
- Meus filhos gostam de luta livre, de açaí e de guaraná. Mas
vários amigos deles fumam maconha. Já aconteceu de eu pegar os colegas do
mais velho fumando. Eu disse que não permitiria na minha casa. Uma coisa é
achar que o consumidor não é criminoso. Outra é estimular o jovem a fumar
maconha. Eu procurei conversar, falei que eles eram novos demais, que
maconha atrapalha a memória. Não expulsei os meninos, não chamei a polícia
nem os pais deles. Acho que o melhor método é conversar.
A discussão sobre como lidar com os filhos que fumam maconha é tão
delicada - sobretudo agora que os meninos expulsos da Escola Parque podem
ter que depor no Ministério Público - que até mesmo estudiosos da Cannabis
sativa, como o professor de Literatura da UFRJ, Deo Pastos, são reticentes
ao comentar sua atitude pessoal em relação à droga. Autor do livro "O fino
da erva", no qual mostra desde o surgimento da maconha até a legislação de
outros países sobre drogas, Deo se recusou a dizer se o filho, hoje com 22
anos, experimentou maconha na adolescência:
- Se eu dissesse que meu filho fuma, ele ficaria estigmatizado. Se
dissesse que não fuma, não acreditariam porque escrevi sobre maconha.
Falando em tese sobre o problema, Deo diz que a melhor solução é
conversar:
- É preciso explicar que a maconha afeta a memória imediata. Se o
menino fumar antes da prova de matemática, vai ser um desastre. Também é
importante não fechar as portas da casa para o filho que fuma. Na rua, ele
fica exposto a traficantes e policiais.
Para evitar a proximidade com o tráfico, o psicanalista X., que
prefere não se identificar, permite que os filhos, de 18 e 20 anos, fumem
maconha, mas somente a fornecida por amigos e dentro de casa:
- Cheguei a conclusão que não posso proibi-los de fumar maconha se
eu mesmo fumo. Mas impus alguns limites. Eles não podem ter contato com o
comércio de drogas nem fumar na rua. Não quero que sejam achacados por
policiais.
Professor de História em vários colégios particulares antes de
entrar para a política, o deputado Chico Alencar (PT) conta que já enfrentou
problemas com alunos que fumavam maconha. Para tentar convencer os meninos a
não fumar antes da aula, Chico argumentava que, embora gostasse de cerveja,
não bebia antes de ir para a escola. E que, por isso, também não queria que
seus alunos fumassem antes de assistir às aulas.
- Eu falava que antes da minha aula não podia fumar e acho que
respeitavam. Mas a maconha era uma questão pontual, um ou outro aluno
fumava. Hoje quase todos os jovens fumam - diz Chico.
Dentro de casa, Chico, que tem quatro filhos, entre 7 e 19 anos,
tem uma atitude radical:
- Se meus filhos fumassem, eu não iria dar uma de moderninho. Iria
ficar chateado, dizer que não iria tirar da delegacia se um deles fosse
pego. Sou de uma geração de esquerda em que fumar maconha era visto como
desbunde. Por isso, sou ortodoxo. Não quero ver meus filhos com maconha -
diz Chico, que garante que seus filhos não fumam.
A mesma experiência não teve a advogada P. Sua filha, M. de 16
anos, começou a fumar maconha no ano passado. Ela não contou à mãe, que só
descobriu por acaso. Ao procurar uma caneta no quarto da menina, P.
encontrou um saco plástico com maconha no fundo da gaveta da filha.
- Meu mundo caiu quando descobri que minha filha fumava maconha. Eu
fumei algumas vezes quando jovem, mas minha filha vive em época diferente.
Quem fornece a maconha é um garoto armado, não mais um colega da escola ou
da faculdade. Entrei em crise, achei que estaria sendo hipócrita ao proibir
o que eu já havia feito. Mas optei por impedir mesmo. Não sei se minha filha
fuma fora, mas sei que ela não traz mais maconha para casa. Sempre que
posso, revisto suas bolsas.
A professora J., com uma filha de 15 anos, diz não precisar
revistar o quarto da filha, que conta tudo que se passa:
- Ela diz que não fuma e acredito. Mas há algumas situações que me
espantam. Ela viajou para a casa de uma amiga e contou que há um pote com
maconha e papel para enrolar na mesa da sala. Os pais, a filha de 15 anos e
os irmãos mais velhos usam. Não quero ser moralista, mas acho que isso já é
um exagero.

E o que pensar na possibilidade de uma série de problemas sociais e psiquiatricos descritos em casos que vi com o uso a longo prazo em viciados mesmos. Tudo que se escancara perde a graça porque perdi gente querida por escancarar e ficar desmedido ...


posted by Mr Marcinho 4:03 da tarde
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